TEX NO BRASIL

6 de mai. de 2009

Júnior, 1950: Tex chega ao Brasil


Tex foi lançado no Brasil pela Rio Gráfica e Editora Globo, na década de 50, na revista Júnior nº 28 (sem data). Do número 1 ao 27, Júnior publicou outros personagens. Do número 28 ao 265(julho de 1957), a revista apresentou as aventuras de Tex Willer e seus pards, só que então, o personagem havia sido rebatizado como Texas Kid. O formato de Júnior era 16 cm de largura por 7 cm de altura, ou seja, o mesmo da edição italiana. E foi assim até o número 178, quando a partir de número seguinte, a revista passou a ter 17,5 x 13,5 cm, mantendo o mesmo formato. No nº 264, uma nova mudança: embora as medidas permanecessem as mesmas, a revista passava a ser publicada em posição vertical.
Todavia, a carreira de Tex na Rio Gráfica estava chegando ao fim. Ele apareceu em apenas mais dois números e Júnior passou então a abrigar outros personagens de faroeste. E, durante toda década seguinte, não se ouviu mais falar de Tex Willer no Brasil.


A fase Vecchi


Tex, 1970: O retorno em revista própria.





Em 1970, o personagem foi relançado em uma revista com o seu próprio nome, desta vez, pela editora Vecchi. Ao contrário da fase anterior, na revista Júnior não era observada a ordem original das histórias. Com um arco e flecha de brinquedo como brinde, o nº1 de Tex nessa editora- O Signo da Serpente- foi um sucesso de vendagem.
As edições seguintes, porém, não alcançavam a marca do primeiro número, o que levou a Vecchi, em algumas ocasiões, a cogitar de acabar com a publicação. O fantasma da interrupção foi espantando com o crescente aumento das vendas, que estimulou a sua manutenção. Em poucos anos, a situação se inverteu. A tiragem foi galgando números surpreendentes e, no final dos anos 70, Tex era a revista mais estável dessa editora, com a invejável tiragem de 150 mil exemplares.
Em abril de 1977, a Vecchi lançou a segunda edição de Tex, que consistia na republicação das revistas da primeira série, onde apenas os anúncios eram atualizados. A segunda edição tornou-se um sucesso tão grande quanto a primeira, o que resultou em mais revistas: no início dos anos 80, tanto a primeira quanto a segunda edição passaram a ser quinzenais, o que na prática, significava nada menos que quatro edições de Tex em um mês!
Mas essa fase àurea da Vecchi, que se tornou o paraíso das revistas de faroeste, não foi muito longe, infelizmente. Em meados de 1983, a editora se viu tragada por uma grave crise financeira e teve que encerrar suas atividades. A primeira edição de Tex foi publicada até o número 164 e a reedição até o número 94, deixando incompleta sua hoje lendária aventura Pacto de Sangue (que apresenta o casamento de Tex com a índia Lilyth) e frustrados seus números e fiéis leitores.



A fase Rio Gráfica/Editora Globo







Em outubro de 1993, um fio de esperança se reacendeu: a Editora Rio Gráfica(que depois passou a se chamar Editora Globo), adquiriu os direitos de publicações de Tex no Brasil. Com isso, a revista voltou a ter um tratamento editorial à altura. E, melhor ainda, a numeração original foi mantida. Já em outubro de 1983 saía o número 165 pela nova editora. E para resolver o problema gerado com o desmembramento de Pacto de Sangue, a Rio Gráfica lançou o nº 94-A com o sensacional desfecho daquela história.


A revista Tex primeira edição permanece até hoje, mas a reedição foi interrompida e por um motivo justo - o lançamento de Tex Coleção, cujo primeiro número chamou-se A Mão Vermelha.
Até então, as histórias eram publicadas pela outra editora sem obedecer à ordem original, o que desagradava profundamente os leitores. Com o lançamento da nova série, no final de 1986, a reedição deixou de ter sentido. Tex Coleção pôs ordem na na casa, republicando as histórias rigorosamente em sua ordem original, desde a primeira tira publicada em 1948, constituindo-se assim na primeira edição definitiva para seus fiéis colecionadores de Tex Willer e seus pards. A partir de 1993, a Editora Globo lança Tex Edição Histórica , publicando apenas histórias completas do ranger sempre em cadernos de 16 páginas, e seguindo religiosamente a sequência de Tex Coleção.

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